Magistrados e servidores de diversos tribunais regionais do Trabalho, inclusive o TRT5-BA, advogados e profissionais ligados à área de inovação, participaram na sexta (29/11), do Simpósio Inova TRT12-SC, que evidenciou as soluções tecnológicas desenvolvidas pela Justiça do Trabalho ao longo do ano. O projeto Inova foi também o responsável pela promoção, em setembro de 2019, do Hackathon, uma maratona tecnológica que lançou 12 inovações, evento no qual o TRT5-BA também se destacou com o terceiro lugar.

Ao final do simpósio, a presidente do TRT5-BA, desembargadora Dalila Andrade,anunciou que o Regional baiano sediará o próximo hackathon da Justiça do Trabalho, em 2020. Além dela e da presidente do TRT12-SC, desembargadora Mari Eleda, anfitriã, estavam presentes as presidentes dos TRT9-PR; TRT8-PA e AP; e TRT23-MT, respectivamente, as desembargadoras Marlene Teresinha Fuverki Suguimatsu; Pastora do Socorro Teixeira Leal e Elynei Bezerra Velozo.

O servidor Raphael Souza de Oliveira, que trabalha na Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicações (Setic) do TRT da Bahia, também participou das apresentações no simpósio. Ele integrou a equipe "Liga da Justiça do Trabalho", que ficou em terceiro lugar no Hackathon Inova, com o aplicativo "Gemini" (veja detalhes abaixo).

INOVAÇÕES - Segundo a presidente do TRT12-SC, os esforços de inovação tiveram como diretrizes a “humildade de abandonar ideias de auto-suficiência” e a “disposição de enfrentar o desconforto de 'pensar fora da caixa'”. Já o diretor da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic) daquele Tribunal, Gustavo Ibarra, explicou que o programa trabalhou com o conceito de inovação aberta, adotando como princípio o fato de que o conhecimento coletivo é muito mais rico que o individual.

O diretor da Secretaria de Tecnologia da Informação do CSJT, Claudio Feijó, destacou os projetos que nasceram no Hackathon e já estão registrados no Conselho - um aval para que sejam aprimorados com o apoio de outros Regionais e do próprio órgão. Segundo ele, a equipe de tecnologia do CSJT ficou impressionada com a capacidade criativa dos participantes da maratona. Ainda na programação do simpósio, os participantes das equipes do Hackathon que tiveram os projetos oficializados pelo CSJT apresentaram as ideias concebidas durante a maratona.

O primeiro foi o Consulta Cidadão, um aplicativo que busca traduzir o “jurisdiquês” das fichas de tramitação processual para uma linguagem mais acessível ao cidadão comum. A solução será desenvolvida em parceria com os Regionais da 8ª (PA/AM) e 23ª Região (MT).

O segundo projeto exibido foi o Triar, que será desenvolvido em parceria com o Paraná. A ferramenta apresentada pelo diretor de Desenvolvimento de Sistemas do TRT12-SC, Carlos Mazzi, pretende utilizar inteligência artificial para automatizar a triagem dos processos que chegam ao segundo grau, identificando inclusive a complexidade da ação.

O JT Fone é uma ferramenta que pretende notificar as partes e advogados por SMS sempre que houver alguma movimentação do processo. A opção por este tipo de mensagem foi para atender às pessoas que não tem acesso à internet, ou seja, um quarto da população brasileira.

O Projeto Gemini tem foco na gestão dos gabinetes de 2º Grau. A ferramenta utiliza inteligência artificial para auxiliar a distribuição de processos por tipo de matéria e também na elaboração de votos. Um piloto já está sendo testado em nove gabinetes de desembargadores. Além do TRT20-SE, estão envolvidos neste projeto os TRT5-BA, TRT7-CE e TRT15-interior de São Paulo.

O último projeto apresentado foi o vencedor do Hackathon: a LIA, atendente virtual por WhatsApp que vai ajudar qualquer pessoa que interaja com a JT, incluindo os públicos interno e externo, iniciando pela consulta processual.

(Secom TRT5 - Franklin Carvalho, com informações e foto do TRT12-SC) – 2/12/2019